Manhã


Manhã, que em ti encerra
Este mar que não se altera,
este vento na galera
que teima em ti pousar
Madrugada, de repente
Sou pássaro sou gente,
Tão distante e nunca ausente
E teimo em ti pousar

Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Teu leito é o meu regaço
Eu quero assim ficar

Barco que torna ao porto
No teu corpo eu me aporto,
Aí fico e me recordo
E teimo em ti pousar
Neblina, despertada
Tão leve quanto a espada,
Que se bate por tudo e nada
E teima em ti pousar

Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Meu leito é o meu regaço
Eu quero assim ficar
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Meu leito é o teu regaço
Eu quero assim ficar







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