Sangtekster for SARKÁZTIKU: A Crónica da Cidade Nauseabunda

A Crónica da Cidade Nauseabunda


Verso: (1)
Morre a lua nasce o sol e o sol brilha
Na vida de uns as mil maravilhas
Dia após dia da cidade a periferia
Vejo novos teatros mas ñ muda a dramaturgia

Seja lá qual for o gênero terror drama ou comédia
O jogo da cabra cega começa no dramaturgo, passa pelo encenador e desce até platéia
Olha pra estes protagonistas, ñ são os mesmos que ontem vimos a actuar?
Ministros e deputados entre cunhas são nomeados, sardinhas do mesmo mar

Invertem os papeis somente pra variar
Morreu a fidelidade dos anéis, e das promessas feitas diante o altar
Oi me dizem ainda o que é nacional não é bom né?
Então a que se deve a proliferação do brasileirismo? bom tchi vê falai mané

Como se ñ bastasse vem o funk, em detrimento do kuduro dos Lambas
Amam o Bezerra da Silva mas odeiam o Bell do Samba
Prezados ouvintes vos foi apresentado, o documentário em trinta e cinco milímetros
Da cidade sereia e como funciona, o esquema do carrossel dos cargos públicos

Verso: (2)
Poetas escreveram músicos cantaram, mas ninguém teve colhões suficiente
Pra levantar o queixo e, dizer-te quem és realmente
Li poesias, prosas, ouvi muitas canções sobre ti a enaltecerem somente a hipocrisia
Há quem afirma que em tempos idos, já fostes limpa

Hoje tens focos de lixo a competirem com a torre Eiffel de Paris
Tens chafariz que só jorrou água no dia da inauguração
Em muitas artérias a falta de iluminação
Pública dás nojo pra a capital da república

Kianda cidade nauseabunda em ti abunda, gigantescos muquifos inacabados
Cujo os mesmos tornaram-se moradia pra os ratos e baratas
Os diplomatas por ti estão nem aí, estão mas interessados em encherem os bolsos
Mas que inconsciência, os teus filhos em busca de sobrevivência

Uns lavam carros outros labutam em obras, suportando os brancos racistas
Há aqueles que formam milícias fazem fitas
Que em Hoollywood dava num grande thriller de ladrão e polícia
As tuas filhas uma boa percentagem tornaram-se putas

Muitas ingressam as fileiras do Hotel Trópico
Fodem com os estrangeiros em troca de uns míseros trocos

Pra garantir o arroz e feijão no cúbico, ò kianda serena mas resoluta
Desperta o feitiço da bessangana e fode o filho da puta
Que de ti só se aproveita, rejeita as condições que te é imposta







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